domingo, outubro 08, 2006

Que campeonato!

A apenas uma corrida de acabar o atual campeonato de F1 (falta Interlagos no dia 22/10) tudo pode acontecer.

Sim, pois neste campeonato vimos coisas no mínimo inusitadas como a quebra da Renault de Fernando Alonso e nesta madrugada a quebra da Ferrari de Schumacher.

Para ser campeão o alemão tem que ganhar o GP do Brasil e torcer para que Alonso não fique entre os 8 primeiros a cruzar a linha de chegada. Isto faz de Alonso um virtual bicampeão, mas tudo é possível. Até teoria da conspiração vale.

O que quero ver mesmo é o campeonato do ano que vem com Alonso na McLaren e Raikonnen na Ferrari. Será que vai ser a vez do finlandês maguaceiro? Ou será que Alonso vai levantar a McLaren?

Quem fica na pior é a Renault que é uma equipe de ponta e vai estar sem nenhum piloto à altura.

Torço para ver a vaca louca do Kubica na Renault ou alguma equipe de ponta até 2009. Aí o circo vai estar completo.

Pêsames para o Fisichela que perdeu seu melhor amigo nesta semana e até chorou no pódio em Suzuka.

Pois é garotada, enfim assistimos um campeonato legal (já estava cansado de ver dobradinhas da Ferrari, com o Schumacher passeando pela pista na frente dos outros mortais), independente da decisão. O ano passado já tinha sido diferente (Alonso campeão por antecipação e Raikonnen vice), e agora vemos uma temporada como a muito tempo queria se ver, com a decisão para a última corrida.

Té+

sábado, outubro 07, 2006

Vôo 1907

Manifesto aqui minhas condolências aos familiares do vôo 1907 da Gol Linhas Aéreas, ainda que tarde, pois é difícil até mesmo imaginar o que seja essa perda de proporções incomuns.

Também deixo minhas palavras de indignação contra o jornalista do The New York Times, Joe Sharkey, que devido à profissão deveria ter a imparcialidade como uma de suas bases profissionais. Só posso considerar como infelizes suas palavras (isso para não dizer muuuuiita coisa pior).

Té+.

quarta-feira, outubro 04, 2006

Eleições 2006 - 1º Turno

A corrupção incomoda muito, mas do MEU ponto de vista não é a forma correta de se avaliar um candidato. Deve-se avaliar quais são as propostas de governo e quando eleito, se ele teve capacidade administrativa e cumpriu as propostas feitas antes de se eleger. O atual presidente da república não teve essa capacidade administrativa.

Lembro que na eleição de 2002, durante um debate ele disse que 4 nos era pouco para se fazer alguma mudança significativa no Brasil E estipulou um plano de governo de 4 anos dentro da realidade do que ele disse possível de fazer em 4 anos (sendo o ideal, mais 4 anos para completar a transformação). No entanto só para esse início de plano de governo (de 8 anos) ele já mostrou que não teve capacidade administrativa em cumprir metas e prazos. Muitas das metas não atingiram sequer 50% do objetivo.

Muitas coisas consideradas escândalo pela mídia e pela população (influenciada pela mídia) como a compra de um avião eu achei inteligente. Talvez até mesmo pela vocação e formação de engenheiro eu tenha uma visão de apenas trabalhar com números, resultados. Essa da compra do avião foi uma forma de investimento inteligente, já que reduz os gastos a médio prazo (ainda dentro dos 4 anos de governo do Lula) com passagens de avião.

O que eu achei muito vacilo da parte dele foi aprovar uma MP (uma semana antes da recente eleição) sobre cotas para afrodescendentes em universidades federais. O Prouni (do qual eu fui um beneficiado) foi uma bola dentro, mas cotas para afrodescendentes é uma bola fora. O Prouni tem um cunho social de verdade, pois se baseia em condições sócio-econômicas, independente da raça.
A questão é a seguinte, um afrodescendente de classe média, ou média baoxa pode se valer desse instrumento para o ingresso num curso superior, ao passo que um branco ou indígena ou oriental pobre não pode.

A proposta mais séria e coerente que vi nesta eleição foi do Candidato do PDT, o senador Cristóvão Buarque. Foi a única proposta de governo que achei interessante.

Acho que o que falta para o Cristóvão, não são idéias ou boa vontade política, e sim carisma. Ele não tem a empatia (nem os mesmos "marketeiros") dos outros candidatos.

Não é uma questão de apoiar a direita ou a esquerda e sim a população em geral, da classe mais desfavorecida à classe média.

Como eu disse prefiro resultados ao invés de rótulos e bandeiras.

O Luciano Bivar tinha também uma proposta interessante, porém voltada mais À classe média, que tem capital para investir. Mas as verdades levantadas por ele, como o gasto excessivo em cargos de confiança (40.000 cargos no Brasil, enquanto em países emergentes ou de 1º mundo esse número gira em torno de 3.000) foram muito esclarecedoras de quanto o governo federal administra mal o dinheiro público.

Fiquei muito decepcionado com estas eleições. Ela mostrou a falta de consciência política da população brasileira. É a falta de cobrança e de se estar ciente das atribuições dos poderes.

Se o Lula tivesse prometido metade do que ele prometeu em 2002, independentemente de escândalos, talvez tivesse meu voto.

O Alckmin foi muito criticado em São Paulo por vetar uma medida no Câmara Estadual destinando mais verba à educação. Porém, isso estava no plano de governo por ele apresentado antes de sua reeleição. Ele só cumpriu o que disse.

Pra mim o que vale é isso, cumprir o que fala e mostrar resultado

Já o Serra, candidato à governador do Estado de São Paulo, teve todo o apoio do PSDB e ganhou no 1º turno. Para mim não vale a pena, se fosse possível eu colocaria novamente o Alckmin no governo do estado de SP. O Serra não cumpre o que promete e pior, deixou o Gilberto Kassab na prefeitura da cidade de São Paulo.

Para esclarecer, o Kassab, sempre esteve envolvido em tudo o que deu errado em São Paulo, principalmente ao lado de Maluf (que agora foi o deputado federal mais votado!), Pitta e Duda Mendonça.

Sobre as eleições recentes, mais motivos para a decepção foram candidatos que o povo elegeu tais como Paulo Maluf, Clodovil Hernandez, Frank Aguiar, Valdemar Costa Neto, Fernando Collor de Mello, Ciro Gomes. Pessoas desprepadas para o cargo ou reconhecidamente sem índole para representar a população em âmbito federal.

Não quero ver as próximas eleições. Não quero ver mesmo. Quais serão os próximos candidatos? DJ Bola de Fogo? "Cumpade" Washington do É o Tchan? MC Serginho e Lacraia? Ximbinha e Joelma? Ainda bem que pessoas que não tenham nacionalidade brasileira não podem se candidatar, senão veríamos também Thalia e RBD.

Já não bastou o Coronel Ubiratan ter se candidatado, ainda bem que morreu antes.

Outro imperdoável é o Orestes Quércia (PMDB-SP). Quando governador de São Paulo, durante alguns anos fez um Programa Social de distribuição gratuita de leite. O problema é que este leite distribuído foi um enorme lote comprado do Leste Europeu após o incidente histórico de Chernobil, eis o lado negro da história. Ao passo que nenhum lugar no mundo queria o produto, ele compra e a preço de banana (ou até menos) e aproveita para construir a imagem de ajudar a população.

Volto a dizer que se deve analizar propostas, resultados, antes de pensar em rótulos e bandeiras. Também analizar históricos ajuda a tomar uma decisão consciente.

Ufa, acho que era isso.
[]'s