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segunda-feira, julho 19, 2010

Lixo eletrônico - impacto dos computadores

Já publiquei aqui anos atrás alguns posts sobre lixo eletrônico. Hoje vi esse gráfico que ilustra o impacto dos computadores.


Té mais
----------------- Abraços, Perdigão

quarta-feira, julho 14, 2010

A dificuldade de ser cidadão

A maioria das pessoas, incluindo nós brasileiros, geralmente não chega a refletir sobre isso durante a vida inteira. E talvez isso seja o maior impecílio para uma sociedade mais justa. Na verdade arrisco a dizer que nem sociedade somos, somos população.

População é um termo definido em biologia. Existem populações de animais, plantas... animais e plantas não cobram por seus direitos, e com exceção da reprodução e alimentação das crias que é algo instintivo, nem sobre seus deveres.

Ser cidadão, termo cunhado desde a Antiguidade, implica na função básica de se organizar, segundo normas, afim de se conviver de forma melhor. Se você é cidadão, tem direitos e deveres. Mas o que vemos na prática é uma cobrança exacerbada sobre os deveres, e a negativa sobre os direitos.

E ai de quem cobrar por seus direitos. É visto como no mínimo chato, metidão, tinhoso, criador de caso. Esta premissa é verdade ainda mais quando o assunto é trabalho ou comércio, onde a enorme maioria das empresas insiste veementemente em burlar suas obrigações.

Falando sério, eu até consigo entender isso. Digo, entender a lógica de uma empresa querer burlar algumas leis em benefício financeiro próprio. O que não consigo entender é o lado humano disso. Eu vejo as pessoas que defendem o direito da empresa meter a mão no funcionário como simples cães de guarda, agindo de forma passional em relação ao seu benfeitor do momento. Não sei o que sentir em relação a este tipo de gente.

A única racionalização que consigo fazer sobre o estado de ser humano - se é que é possível fazer isso - é supor que ser humano implica na capacidade de errar. No caso dos cães de guarda, isso explica tudo. No caso de quem define as políticas, não, visto que não é um erro do acaso, por ignorância, e sim um "erro" premeditado, calculado, de má fé.

Existem ainda outras situações onde vejo o quão longe estamos de ser uma sociedade. Vide a vasta gama de preconceitos e como eles estão enraizados em nossa sociedade (regional, religioso, sexual, de gênero, racial, e por aí vai). A falta de preocupação com o meio ambiente, com as necessidades de pessoas com pequenas ou grandes deficiências físicas...

Estou com vergonha alheia da humanidade, ainda que digam que eu faço parte dela.
----------------- Abraços, Perdigão

quarta-feira, dezembro 24, 2008

Isso não é outro post natalino idiota

Pois é... estou de volta. Depois de um recesso desde agosto, volto a publicar e abrir o blog.

E logo de cara, o primeiro post vem com algo que me passa todo ano desde que tento entender o mundo: o Natal e as festas de fim de ano.

Nunca vi real motivo para a existência do Natal e de toda parafernália que o cerca - e que nos cerca.

É o nascimento de Cristo? Quem disse? Quem registrou essa data? Se é mesmo o nascimento de Cristo, por que o nosso calendário não começa nessa data, visto que ele é aC-dC (com trocadilho)?

Por que temos um protótipo plástico de pinho enfeitado com luzes? Por que fazemos as crianças acreditarem em Papai Noel (uma figura bizarra, com roupas de inverno em pleno verão tropical, sem mulher, sem filhos e que só resolve aparecer uma vez por ano)?

Já viram alguma coisa mais hipócrita do que uma campanha por um Natal sem fome para os necessitados? Quer dizer que as pessoas pobres não sentem fome o resto do ano? Essa de espírito natalino não me desce pela garganta.

Será que isso é só pra aliviar a consciência das pessoas de classe média por não ajudar os necessitados durante o ano todo?

E o lado comercial das coisas? Lojas cheias de pessoas, música irritante, todos atrás de uma promoçãozinha. Não consigo de deixar de pensar em animais. Porcos num chiqueiro, grunhindo. Daí penso em formigas ou abelhas e em como esses simples artrópodes conseguem ser mais organizados que os humanos.

Caixinhas de Natal? Pedem na padaria, no mercado, em todos os serviços prestados. Por que? Porque o cliente recebeu o 13º e poderia dar-lhes uma fatiazinha do minguado?

Televisão? Portais de notícias? Sua caixa de email? Revistas? Seu correio propriamente dito? Tudo e todos tentando de empurrar algo ou te arrancar algo, ou despejando toneladas de informação inútil.

Os agradecimentos são outra coisa que me irrita. Sabe qual é o melhor dia pra agradecer? O dia presente. Seja num favor que alguém lhe fez, algo bom que alguém te trouxe, um almoço, um café, um sorriso. Sempre é tempo de agradecer. E não apenas no final do ano como um desencargo de consciência por ter sido mesquinho o resto do ano. O mesmo vale para pedidos de perdão, e votos de sucesso.

A ceia de Natal, e as uvas e o "champagne" do ano. Aí está outra coisa que me dá arrepios. Fico enjoado quando vejo aquela mesa cheia, com muito mais comida do que é realmente necessário. O exagero de quem vai comer até abrir o cinto e desabotoar a calça. E o peso na consciência é zero para quem doou 5, 10 ou 50 reais naquela campanha pelo natal sem fome.

Se você se identificou com o texto, feliz solstício para você. A danadinha da Terra completou mais uma volta, e agora o Sol incide perpendicularmente sobre o Trópico de Capricórnio. Se você não se identificou, não se sinta mal. Você faz parte da humanidade e é doente como a maioria das pessoas que não gosta de ver a hipocrisia nos próprios atos.

Antes de descerem a lenha, creio que vale ressaltar um ponto. Eu não sou contra nenhuma campanha contra a fome e sim contra camapanhas contra fome única e exclusivamente durante o natal.

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Abraços, Perdigão

sábado, agosto 30, 2008

Tudo nos trilhos

Eu uso muito pouco os produtos da M$ em casa. E tempos atrás o Windows deu pau pra variar. Fosse outra época, eu gastaria dias recuperando o sistema, os documentos, etc... Mas já faz muito tempo que não tenho saco pra ele.

Existem uns pouquíssimos motivos para eu continuar com ele na minha máquina, mas ele ainda é necessário sim. Pois bem, depois de muito postergar resolvi meter a mão na massa e fazer o odioso ritual do formata-e-instala.

Qual minha surpresa quando vou procurar no meio dos CDs e lembro que joguei fora o CD de instalação do Windows. Solução: deixar a madrugada inteira baixando um torrent. Terminado o download, vejo que o arquivo de imagem não era uma iso e sim um nrg, que é um formato de imagem proprietária do Nero, e não dava pra gravar direto pelo meu querido K3B. Nada de mais, uma googlada e pronto, eis uma linha de comando para fazer a conversão. Isso mesmo. Com uma linha deu pra fazer a conversão de nrg para iso, e enfim gravar a imagem num CD.

Ah sim a linha em questão é:
$dd bs=1k if=imagem.nrg of=imagem.iso skip=300

Enfim, comecei a via sacra... formata, instala, instala drivers, aplicativos básicos, aplicativos de segurança, configura uma coisa, configura outra, restaura os backups...

Hora de restaurar o grub, o bootloader do Linux, para que eu pudesse deixar a máquina novamente com dual boot.

Vou dar o boot com o CD do Linux e trava. Tento de novo e de novo e nada. O CD foi pro espaço tbm. Solução: baixar o Linux, gravar num CD e daí sim recuperar o meu mojo.

Depois de iniciar o boot com o CD do Linux, abri um terminal e fiz:

$sudo grub
>root (hd0,0)
>setup (hd0)
>quit

Reiniciei e pronto. Tudo funcionando como deveria ser, nos trilhos.

E agora consegui passar as fotos do meu aniversário para o PC (sim, a minha câmera é um dos motivos para eu ainda manter o Rwindows aqui).

See yo, fellas.
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Abraços, Perdigão

quarta-feira, agosto 27, 2008

Página inicial esperta no Firefox

Que o Firefox é um navegador bacana todo mundo sabe (quem não sabe, provavelmente é pq não conhece, e deveria se dar no mínimo uma chance de experimentá-lo).

Pois bem, muitas vezes configuramos a página inicial, mas todo santo dia visitamos uma 4 ou 5 páginas logo que abrimos o navegador. Um email, um blog, um portal, aquela página do serviço...

Pois bem, dá para configurar o Firefox para abrir várias páginas de uma vez só logo que ele inicia, cada uma em uma aba diferente. Como fazer? Bem, existem 3 formas de se fazer isso. Lá vai.

1ª Editando na mão

É mais simples do que parece. No lugar onde você configura a página inicial, coloque os vários endereços separados por um pipe ("|"). Este símbolo deve estar próximo do "z" do seu teclado.

Assim ó:


2º Usando páginas abertas

Esse é o mais fácil de todos. Abra todas as páginas que você quer deixar como páginas iniciais, e depois, na mesma tela das opções onde você escolhe a página inicial, clique em "Usar a página aberta". Segue a figura:


3º Usando os favoritos

Também é fácil. Ao invés de clicar em "Usar a página aberta", clique em "Usar favorito...", escolha qual das suas pastas dos seus Favoritos usar, e depois dê "OK". Simples assim. Acompanhe abaixo:




Té mais.
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Abraços, Perdigão

quarta-feira, julho 23, 2008

Nem tão bom assim

Dias atrás postei aqui que eu estava experimentando novos recursos do Blogger, entre eles, a enquete. Pois bem, ela é horrível. Não permite que se mude fontes e cores, não armazena resultados (se você remover a enquete, perde os resultados).

Resumindo, as enquetes do Blogger ainda deixam muito a desejar e ainda é melhor usar serviços externos.

See yo.
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Abraços, Perdigão

terça-feira, junho 17, 2008

Lobo - não recomendável para menores de 86 anos

Não é muito do meu feitio escrever sobre filmes, livros, bandas... Não me sinto muito à vontade sentando o pau no trabalho alheio (claro que estou falando de trabalho, não de funk, axé, e revistas femininas que toda semana trazem uma nova e revolucionária dieta, juntamente com um quiz de compatibilidade amorosa).

Depois de ter feito o novo mascote do blog, comecei a pensar na frase que ia colocar no balãozinho de texto, perguntando a opinião da minha esposa. Lembrei de um textinho ótimo, da contra-capa de uma HQ que a muito nem sei por onde anda. Quando me dei conta, lá estava eu todo exaltado falando do meu personagem favorito - O Lobo. A revista em questão era a série "Lobo - O último czarniano", edição encadernada dos quatro volumes.

Descobri o personagem Lobo, da DC Comics, através do meu primo Lobão (vulgo de mera coincidência). A linguagem obscena, a total ausência do senso de moral, e a violência exacerbada logo me cativaram (15 anos, odiando o mundo e cheio de hormônios). Sim, pra quem não conhece, Lobo, que também se chama de O Maioral, é um completo anti-herói. Um caçador de recompensas, que tem desprezo por qualquer coisa viva, adora prostitutas, e hedonista.

Com aparições em outras séries da DC Comics, desenhos animados, além de ter sua própria tiragem, Lobo é famoso por dar um cacete no Super-Homem, matar o papai Noel, ter virado o Lobocop, e ter rachado alguns milhares de crânios. Ah sim, ele também dizimou a sua própria espécie, com exceção dele mesmo.

Procurei um pouco mais e vi que o site do fã clube do personagem é completamente tupiniquim. Nem sei como expressar o orgulho que senti. Vasculhando mais um pouco, vi que havia saído um filme sobre o personagem. E hoje, falando com um camarada do trampo, o Samuel, descobri que o filme do Lobo é um curta, e que está no youtube - sim, eu me senti um idiota por não ter procurado antes, hehehe.

Enfim, acho que a maioria dos indivíduos dotados de cromossomo Y vão gostar. O site do fã clube é este aqui.

E o curta, produção tabajara, mas fiel à HQ está abaixo. Enjoy!

sábado, dezembro 22, 2007

Dicas para comprar hardware

O objetivo deste post é descomplicar a vida de quem quer comprar ou dar uma melhorada no PC, evitando que sejam passados para trás por "aquele bom vendedor".

Um microcomputador é um conjunto de peças e sendo assim ele será tão rápido quanto sua peça mais lenta. Repito: um computador é tão rápido quanto sua peça mais lenta. Fez sentido?

Geralmente o que é informado é a velocidade de processador, a quantidade de memória, a capacidade do HD e firulas outras só pra encher lingüiça. Então se for gastar, abra o olho para não ser passado pra trás.

Comece pela placa-mãe.
Fuja de placas on-board (aquelas que já trazem tudo embutido). Simplesmente fuja delas.
Elas são significativamente mais baratas, mas a qualidade é péssima e quando um componente de defeito, lá se foi seu computador quase que inteiro para o lixo, já que não tem como trocar apenas uma pecinha ou plaquinha.
Tão importante quanto ter uma placa off-board, é saber se ela não vai te deixar lento. Fique de olho numa peça que se chama chipset. Pergunte ao vendedor. Se ele não souber responder procure outra loja.
Observe qual a freqüência que o chipset (ou FSB) pode operar. Essa é a velocidade máxima que o processador pode usar para conversar com a memória e com o resto das peças. Se O processador tem 400MHz de velocidade externa, a memória também, mas o chipset tem apenas 333MHz, o chipset será o gargalo do sistema.


Sobre o processador.
O processador é uma das peças mais importantes do computador, isso se não puder ser considerada a mais importante. Mas como dito acima nem tudo é só velocidade. Peça para saber a quantidade de memória cache do processador. Aqui, quanto mais, melhor. Aliás, essa é uma das grandes diferenças entre processadores de primeira e segunda linha (por exemplo Pentium x Celeron, Athlon x Sempron...).
Então anote aí: muita memória cache e velocidade de FSB (aquela com a qual ele vai falar com o resto das peças).

Memórias
Sem muito segredo, quantidade e velocidade são mandatórias para a avaliação. A velocidade é aquela com a qual a memória poderá conversar com a placa mãe e o processador. Quantidade vale a regra de quanto mais melhor.

Placa de vídeo
Isso é papo pra dias, mas vamos encurtar a história. Muita memória, velocidade e principalmente marca do processador (sim, tem um processadorzinho embutido nela e memória também). Pegue alguma placa com processador da NVidia ou da ATI, e sua vida ficará mais fácil.

Sobre outros dispositivos
Tudo o que você puder comprar em placas separadas e com processador e memória próprios é um bom investimento. Isso vai poupar o processador principal e a memória. É uma pena que estes dispositivos estão cada vez mais raros de se encontrar.

Recapitulando
No processador confira quantidade de memória cache e de velocidade do FSB.
Na placa-mãe (off-board) confira o chipset e a velocidade com a qual ele opera.
Nas memórias confira a velocidade com a qual elas operam.
Placa de vídeo só se for da ATI ou da NVidia.
Se possível compre outras peças que contenham processador próprio.

Valorize seu investimento.

As empresas brasileiras estão preparadas para ter um site?

No Brasil a maioria das pequenas e médias empresas não são incluídas digitalmente. Não estou falando de ter um site, mas sobre a falta de doutrina e cultura digital que se verificam nas mesmas.

A idéia de ter um negócio online, poder ser visto em qualquer parte do mundo, aumentar a renda, agilizar processos e todos os outros benefícios chamam a atenção de muitos empreendedores. Mas ao contrário do que se faz com um "negócio real", colocar o negócio na internet é tratado pelos mesmos com displicência: basta pagar o amigo daquele técnico que arruma o computador que terei minha empresa - serviços e produtos - na internet.

Inclusive o mercado de profissionais que fazem este tipo de serviço (analistas, programadores, arquitetos de informação) é muito ruim no Brasil (e na América Latina como um todo), mas não vou divagar sobre este lado da moeda - isso é assunto para outra ocasião.

Antes de colocar o negócio na web um empreendedor interessado em fazê-lo deveria considerar algumas questões que, até mesmo por falta de conhecimento das mesmas, poderá levar este investimento a ser um fracasso, gerando frustração e um ceticismo exagerado.

Em primeiro lugar tenha alguém com alguma experiência em TI dentro da sua empresa.
É impensável apenas fazer o site e não administrá-lo. É o mesmo que alugar ou comprar um salão comercial, contratar uma empreiteira para fazer a infraestrutura e depois largar tudo às traças.
Pode parecer óbvio demais, mas não são poucos os sites onde o responsável sequer entra para conferir as vendas ou os contatos feitos pelos visitantes.
Um website tem a capacidade de reunir em um só lugar recursos de marketing e administração e cabe ao empreendedor saber cuidar disso. Um website tem que ser uma extensão da empresa e assim deve-se ter alguém responsável pela rotina do site dentro da sua empresa.

Os papéis de cada um.
O papel do desenvolvedor, a grosso modo, é criar aquilo o que o cliente quer, cuidar de manutenções do sistema, corrigir erros e incluir novas funcionalidades conforme solicitação do cliente.
A empresa deve cuidar do conteúdo. Imagens, textos, informações, usuários quando houver, vendas, resposta aos contatos, etc.
Não pense que o desenvolvedor é obrigado a saber mais sobre sua empresa do que você mesmo.

A questão do preço.
Tudo tem seu preço. Um site bom de verdade não sai barato, mas tende a ter um ROI (retorno sobre investimento) maior. Pense nisso com carinho. Azar o seu se optar por fazer site com o primo do técnico por R$ 200,00 e que ficará pronto em 5 dias.
Como eu disse previamente, há uma escassez de profissionais realmente qualificados e idôneos. Um site bem feito, necessita do trabalho de mais de um profissional.

Como você será divulgado na web?
Aqui está um ponto-chave. Extenso e que pouca gente fala. Questione os desenvolvedores sobre isso.
Há a publicidade paga - onde você paga para ter um anúncio. Pode ser um banner num site conhecido ou pode ser anúncio direto nos buscadores (como o Google e o Yahoo!).
E há a questão de estar bem colocado nos buscadores - quando algum usuário procura por determinada palavra ou expressão o seu site aparece entre os primeiros resultados.
Esta última opção interessa muito aos empreendedores justamente por reduzir gastos, no entanto requer muitos cuidados e conhecimentos do desenvolvedor, além de muita disciplina por parte do empreendedor, pois aqui é onde será feita a distinção do resultado do trabalho conjunto de ambas as partes.
Inclusive existem profissionais especializados em realizar este tipo de tarefa, que geralmente não é fácil, necessitando desde uma reescrita do sistema até uma reeducação das empresas (e este último ponto estou esclarecendo neste post).
Como um investimento, a questão da divulgação requer análise. Muitas vezes compensa iniciar juntamente com o site uma campanha paga e reduzí-la conforme o site sobe nos rankings.

Palavras finais
Então amigo, se você é um empreendedor, tem um site e está insatisfeito com o resultado por ele proporcionado, lembre-se que pode ter havido muitos pontos importantes que não foram observados, e que se corrigidos podem trazer agradáveis conseqüências ao seu negócio. Se você não tem um site, mas pensa em ter um, observe os pontos citados para evitar dor de cabeça depois.

sábado, agosto 25, 2007

Formula 1 - 2007 - desenhando o cenário

Campeonato incomum. Muito incomum. Na verdade, o mais incomum de todos os tempo.

Antes de falar das duas estrelas (McLaren e Ferrari), vou dar um giro no resto do grid.

Três equipes correm destacadas de todo o resto. Honda, BMW e Spyker.

A Spyker, como era de se esperar, teve o pior desempenho do campeonato. Os fatos que merecem destaque sobre ela são: atropelaram e mataram um roedor no Canadá; Yamamoto depois de muito tempo assumiu um banco e fez muito feio como era de se esperar; colocaram espaços de publicidade nos carros à venda no eBay, e as vendas foram muito mal, como também era de se esperar.

A Honda desenvolveu muito mal o carro. Túnel de vento descalibrado? Tudo bem, mas matar o Barrica e o Button é sacanagem. Barrichelo nunca foi um às com ar de campeão, mas está longe de ser tão ruim como os japas. Aliás, quando não há como competir com outros times, o melhor parâmetro para avaliar o desempenho é o próprio companheiro de equipe. E nesse ponto o Barrichelo foi ligeiramente melhor que o Jenson Button (que também é um bom piloto).

A BMW, forma um pelotão de dois. Mais rápido que todo o resto e menos que as estrelinhas do circo. Kubica e Heidfeld correm um contra o outro, sob a tutoria de Mario Theissen. A BMW declaradamente quer brigar pelo título daqui a dois ou três anos. E se a evolução continuar assim creio que isso não seja factível.

Das estrelas começo com a Ferrari. É nítida a falta que Ross Brawn, o homem das contas malucas, está fazendo. O gnomo de jardim Jean Todt continua enfeitando os paddocks do mundo sem acrescentar muito à equipe. Também dá pra sentir a falta de um campeão desenvolvendo o carro, apesar do trabalho de Massa e Raikkonen estar muito bom. Creio que eles fazem melhor, e isso não é pouco.

Agora, dentro da super-hiper-duper-mega-plus-ultra-flex prateada equipe que vai papar o mundial este ano há muito o que dizer. E não é do escândalo. Ron Dennis perdeu uns 5 anos de vida por conta das picuínhas e do clima tenso.

Lewis Hamilton, a grande estrelinha, pupilo de Dennis, foco da mídia, se queimou. Pode faturar o campeonato, mas sem glórias. Depois do "fuck you" a Ron Dennis, ele não vai conseguir nenhum assento junto a Briatore, Todt e Theissen. A insubordinação, o fato dele achar que é o dono da equipe, creio que que foi extremamente prejudicial à sua imagem. Mesmo na época Senna-Prost, onde a rivalidade incendiava a McLaren, nunca se viu uma coisa dessas.

Fica sempre sob as asas do papai, usa a telemetria do atual bicampeão mundial e não respeita nem que o colocou no cockpit onde se encontra e paga seu salário.

Nunca gostei muito do jeito do Alonso, meio arrogante, mas verdade seja dita, ele trouxe uns belos 6 ou 7 décimos de segundo no desenvolvimento do carro. Acho correta a indignação dele com a equipe e com o companheiro.

Hamilton pilota bem, mas se não fosse por Alonso contribuir com o desenvolvimento e a telemetria duvido que hoje ele estivesse liderando o campeonato.

O que me deixa mais puto é o estardalhaço em cima do "fenômeno" Hamilton, como se ele fosse o fodão. Aposto que se Kubica, Nico Rosberg, Jenson Button, ou mesmo Alonso e Raikonnen tivessem tido o mesmo apoio no início de carreira também não fariam muito diferente. Digo mais: acredito piamente que teriam feito melhor.

Do resto só destaco a saída (tardia) de Scott Speed e o nem-fode-nem-sai-de-cima do Heikki Kovalainen.

Speed, que nunca fez jus a seu sobrenome, era um baita arrogante, que se achava a última empada da festa e nunca ajudou a Toro Rosso a desenvolver o carro, nem pilotou melhor do que Liuzzi (que não é lá essas coisas, mas pelo menos sabe disso).

O Kovalainen é um mistério. Era mais uma grande promessa vinda da GP2, foi piloto de testes da Renault, e teve uma tímida participação. Fez corridas péssimas, mas quando estava para dar lugar a Nelsinho Piquet vai lá e faz umas corridas legais, largando e chegando à frente de Fisichella. Mas aí volta a ficar medíocre, depois volta a ser bom.... a falta de constância dele é deixar qualquer um estarrecido. Mesmo assim continuo achando ele um cara de sorte: a maioria das pessoas tem 2 pés e ele está prestes a ganhar mais um... bem no meio da bunda.

té+

sábado, agosto 18, 2007

Como fazer sucesso na indústria do cinema

A princípio há de se escolher o tema:
- animação 3D com bichinhos malcriados falantes e piadas in-a-box;
- ação com uma releitura de "A Caverna" de Platão, cheias de filosofia pseudo-oriental e frases de efeito;
- reprodução alguma HQ, mesmo que desconhecida do grande público;
- thriller ou comédia com adolescentes/jovens adultos, e neste caso o enredo pouco importa, desde que se tenha uma escola ou faculdade como cenário, sangue e sexo, além de uma dose cavalar de maniqueísmo.

Depois, se o filme estiver à venda na porta do cinema durante à estréia por R$ 10,00, e depois de dois meses o camelô mais próximo à sua residência ainda continuar com mais de 10 cópias para vender diariamente não pesteneje: faça uma trilogia (dependendo do sucesso das seqüencias a trilogia pode ser de 4, 5, ... filmes).

Sim, se você fizer sucesso, vai perder algum dinheiro com o não pagamento de royalties em capas de cadernos, revistas para adolescentes femininas, papéis de parede, ringtones... se for HQ ou animação ainda há a perda por material escolar, artigos para festa de criança, enfeites de loja, e tudo quanto é tranqueira que se vende na rua 25 de Março em São Paulo, mas não tem problema, o que vale é a diversão.

Té+

quinta-feira, junho 07, 2007

Sonzeiras e tosqueiras

Este post tem um caráter diferenciado. Meu insubstituível, impagável e inoxidável irmão, Toucinho, nascido em 1986, garimpeiro de raridades, e vasculhador motores nas horas vagas, contribuiu e muito no árduo trabalho de prospecção de tosqueiras. Ficamos praticamente toda a tarde do feriadão caçando relíquias (e tendo espasmos abdominais devido à alta dose de riso).

Na verdade, apenas recebi uma visita do meu irmão, e ficamos vendo tosqueiras no youtube. Este post não era planejado, mas a tarde rendeu tantas risadas, que achei que seria justo publicar uma coletânea de tosquices.

Garimpamos as tosqueiras dos anos 70, 80 e início dos 90. Achamos pérolas como "I'm too sexy" da banda (era uma banda?) Right Said Fred. Pior, descobrimos na wikipedia que alguns integrantes do Right Said Fred participaram de um rally em prol dos direitos dos homossexuais na Rússia. O que eu não consigo imaginar é aquele bando de macho (?) dentro de um Lada cor-de-rosa, saltitando pelas estradas de terra perto de Moscou. Não sei se isso é o pior. Na verdade meu irmão me revelou que o baixista/vocalista, Richard Fairbrass, do Right Said Fred foi baixista do David Bowie (que decadência, não?); para tirar a prova assista o clipe de Blue Jean.

Depois uma seção um tanto mais colorida: Living Colour, com o irreverente clipe de "The Glamour Boys". Os instrumentos coloridos são de muito bom humor e mau gosto, combinação rara de se encontrar!

Minha vez de mostrar uma curiosidade para meu brother: o som das guitarras de "Beat It", de Michael Jackson, foi todo produzido e gravado por nada mais nada menos do que Eddie Van Halen. Cada podre que a gente descobre... Nos vídeos relacionados a Beat It, achamos uma versão indiana de Thriller. Com uma hilária adaptação para danças típicas e folclóricas da Índia... bizarrice total. Ah sim, também vimos o clipe de Billie Jean (não confundir com James Dean), mas sobre esse clipe não há comentário: é ruim e pronto.

A banda Tecnotronic, com "Pump It Up The Jam", de onde se originou o vocábulo pô-pê-rô (!) muito conhecido pelas calças largas que fizeram sucesso no início da década de 90. Mas o clipe tinha um quê de Clóvis Bornay no figurino: roupa de acadêmia em lycra verde, com pochetes e botas de sete léguas.

Dando uma vasculhada nos baús encontramos Mr. T, conhecido ator dos anos 80 com participação em He-Man, cantando "Treat your mother right". Com seu característico figurino de "gigantes do ringue", ele se expõe todo o seu vozeirão e jeito para karaokê-king-kong (mico é coisa que seu primo de 5 anos faz).

A banda Snap!, composta por Tony Tornado e Glória Maria, fazem apresentações memoráveis nos clipes de "Rhythm is a dancer" e "The Power".

Um perdido chamado Noel, numa música chamada "Like a Child", onde ele, em trajes de cowboy, habilidosamente mistura dança com tae-kwon-do, também fez parte de nossas visualizações.

Agora dos famosos, teve a boys band New Kids On The Block, com o seu maior hit: "Step-by-step". Na mesma linha encontramos Village People, onde descobrimos uma surpreendente participação do Chuck Norris, no clipe de Macho Man. Ainda se inclui nesta categoria só que mais mal sucedidos estão os Menudos, Dominó, Polegar, Conrado, e outros infelizes...

Bonie M com seu incrível sucesso "Daddy Cool", traduz em poucas palavras e muitos gestos desconcertados o que eram os anos 70. Uma inspiração para James Brown & cia.

Os Stones também são sempre uma boa pedida para as risadas. Assista os clipes de "She's so cold", "Start me up" e "Miss You". Repare em especial que o baixista era o Silvester Stalone, ou algum parente muito muito próximo.

"Maniac" de Michael Sembello é um clássico que marcou época - o flashdance - e foi exaustivamente copiado em outros filmes, propagandas, seriados... e até hoje é um bom motivo para dar risadas. Ah, vimos também a galinácea atuação de John Travolta em "Summer Nights".

Fora da linha gay, mas na linha travestida temos Twisted Sisters com "We're not gonna take it" na versão full ou na versão com o Super Mario, e "I wanna rock". Impagável.

Claro que também vimos coisas boas. ZZ Top, Lynyrd Skynyrd, Midnight Oil, Oingo Boingo entre outros que pouco são divulgados na mídia. Agora um que me chamou a atenção foi este número de música com teatro de fantoches. Os caras são muito bons.

Não postei os links, mas qualquer busca medíocre com o nome do artista e da música vai retornar os clipes nas primeiras posições.

Então estão aí nossas sugestões para futilidade atemporal, gratuita, e instantânea. Motes para algumas horas de riso.

Té+

sexta-feira, junho 01, 2007

Quem se incomoda com o MP3?

Quem não tem, ou nunca usou um compartilhador de arquivos pela internet que dê a primeira pedrada. Muito se fala na mídia sobre combate à pirataria, e na memória de muita gente há a lembrança do caso do Napster, onde seus criadores foram condenados.

No caso da música tem muitos artistas que defendem ferrenhamente o compartilhamento. Mas há muitas pessoas que fazem arte, em especial música, que são a favor. Nunca ouviu falar nisso?

Joe Satriani (um dos maiores guitar heroes), Faíska (um baita guitarrista brasileiro), e a banda Doctor Sin, Carlos Santana, Hermeto Paschoal... são exemplos dessa postura. Isso ajuda na divulgação dos seus trabalhos.

Quem se incomoda são artistas que vivem de vender discos, não de fazer shows (tavez porque não sejam tão bons ao vivo e sem todo o aparato que se encontra dentro de um estúdio), e principalmente as gravadoras, que vivem de vender propriedade intelectual alheia, selecionada ao seu bel-prazer e tino comercial, a preços nada modestos.

Tirar esse intermediário (as gravadoras) permite que barateie e amplie muito a distribuição. Claro que isso promove a secura das tetas da propriedade intelectual alheia.

Temos até o caso do Artic Monkeys. Os caras não se definem como bons. Daí a publicar gratuitamente o seu material na internet livremente. Deu resultado? Sim, a banda não é ruim, e o preço para ouvir o seu material é muito baixo (basta ter onde baixar).

Enfim, cada um na sua. Mas projetos de lei como o do Eduardo Azeredo são no mínimo ridículos e impraticáveis.

Falei.

Greve na USP - o outro lado da moeda

Muito se fala na mídia sobre a greve de alunos, professores e funcionários da USP. E que inclusive outras faculdades públicas no estado de São Paulo e até mesmo em outros estados brasileiros começaram as paralisações também.

A pedra fundamental da paralisação foi um decreto do Governador José Serra, do começo de janeiro deste ano. O decreto criou a Secretaria do Ensino Superior. A partir de então as universidades estaduais passariam a prestar contas ao Estado.

Mas segundo uma lei constituicional de mil-oitocentos-e-alguma-coisa, as universidades tem sua autonomia garantida. Autonomia financeira, patrimonial, de educação, pesquisa, .... ou seja, é a única instituição pública que não precisa dar satisfação do que fazem ou como gastam a verba para elas repassadas, pois entende-se que quem faz parte dela tem maturidade e responsabilidade suficiente para isso.

Mas e a lei federal de responsabilidade fiscal? Ora, ela funciona para outras instituições, mas não para as universidades. Isso é (foi) um prato cheio para golpistas. Da mesma forma que há bons funcionários e professores nas universidades, também lá existem picaretas. Sim, picaretas, que se valem dessa não-prestação de contas para simplesmente ganharem o seu sem ter se mexer muito.

Prestar contas, no meu entendimento, não tira a autonomia das universidades. Apenas garante que a verba seja melhor aplicada, e isso sim traria melhoria para todos realmente interessados na melhoria da universidade.

Os prejudicados com esse decreto não são os alunos, nem professores sérios, muito menos funcionários dedicados, e sim os sorvedouros de verba. O risco de descobrirem falcatruas aumenta consideravelmente, assim como o risco da fatia ficar menor, por ter que pagar mais pessoas para silenciarem e fazerem vista grossa.

Outra coisa que nunca se fala na imprensa: há duas greves todo ano na USP. O que acontece agora é inédito, pois houve a invasão da reitoria - e é claro, por causa do decreto do Serra, que motivou uma maior mobilização por ferir o "sagrado direito da autonomia".

Uma das greves é agendada para meados de maio, e outra para setembro. É sempre a mesma coisa que se reinvindica: aumento de salário, melhores condições de trabalho, mais isso, mais aquilo... e em duas ou três semanas, após conseguir um aumento (ainda que ínfimo), e mesmo se outras exigências não forem cumpridas, a greve cessa.

Cá entre nós, quais seriam as melhorias na condição de trabalho? Os funcionários das universidades públicas trabalham num oásis público. Não tem que dedicar atenção a pessoas com baixo nível de instrução, nem a idosos, nem a barraqueiros... nada... O árduo trabalho é o mais tranquilo, informatizado e automatizado quanto se pode ser na esfera pública, incluindo o direito de se usar em primeira mão novas tecnologias para organizar, agilizar e facilitar o trabalho.

Quero ver se algum deles topa ir trabalhar no INSS ou na Caixa Econômica Federal.

Mas o mais interessante é que a greve não é uma decisão dos próprios funcionários, e sim do sindicato - cujas lideranças sequer trabalham lá. A idéia é bem simples: aumentando o salário dos funcionários, aumenta a contribuição sindical, que por sua vez direciona mais verbas para o bolso de quem não trabalha - as lideranças sindicais.

Algumas unidades do campus Cidade Universitária são greveiras de carteirinha. E sempre reinvindicam muitas coisas, algumas bem legítimas - dou meu braço a torcer. Como a ampliação do CRUSP, e reformas nas unidades (sim tem prédios caindo aos pedaços). Mas é bem verdade que muitos motivos de agito não têm a menor coerência ou embasamento. Como a greve e as manifestações devido ao veto dado por Geraldo Alckmin, quando da aprovação por mais verba destinada à educação pelo Câmara Estadual de Deputados.

Pegando este exemplo, onde os deputados aprovaram por votação mais recursos para a Educação (coisa de 1 ou 2% do orçamento do Estado). Alckmin vetou simplesmente por isso não fazer parte do seu plano de governo. Sim, o picolé de chuchú tem colhões para manter sua palavra, coisa rara hoje em dia. Seu planejamento previa esta verba para o adiantamento para obras de infraestrutura do metrô. E foi isso o que ele fez: cumpriu com seu plano de governo. Mas este fato de hombridade não foi levado em conta, ou sequer era sabido pela maioria dos agitadores e manifestantes da USP.

Eu fico embasbacado com os alunos alienados demais. Passionais. Uma coisa é reinvindicar melhorias legítimas, com argumentos sólidos; uma outra, bem diferente, é apoiar um movimento sem a menor idéia do que acontece de verdade, sem analisar todos os lados de um ato ou decisão.

Dois amigos meus foram na reitoria ocupada. Quer saber o que tem lá dentro? Além de alunos, há muita maconha rolando, pó... Nada contra o pessoal que gosta de puxar um fuminho. Os universitários geralmente não roubam para comprar o "tablete de caldo Knorr", ou um "pino". Além disso, há algumas faixas como "Chuck Norris apóia a greve"...

Não bastasse essa "sólida" base de apoio, essa massa de manobra que ocupa a reitoria e enche as manifestações, as lideranças estudantis, os porta-vozes da classe universitária em toda a sua inteligência, são tão confusos quanto um novelo de lã, e dão mais voltas em círculo do que pião.

Há anos reinvindicam as mesmas coisas, sem no entanto conseguir sucesso, mostrando que são mais marionetes do sindicato do que uma classe que anda com as próprias pernas. E o pior e que qualquer agito, já lançam todas as armas... não tem foco. Qual foi o estopim da atual greve? Perda de autonomia da universidade? Por que raios então estão falando ao mesmo tempo de moradia, segurança, reformas e cotas?

Não há uma mobilização focada em um problema. Querem resolver todos. De uma paulada só. Como se construir um prédio fosse como pedir fast-food.

Sei que algumas unidades têm sérios problemas. Prédio velho, professor que falta na aula para ir dar aula em faculdade particular (onde ganha mais, e pela estabilidade do estado não perde sua teta), falta de segurança e infraestrutura... Mas tem que ter bom senso. A ocupação da reitoria foi uma babaquice sem precedentes. E a teimosia mais ainda. Tinha até sem-teto lá.

Sobre a falta de segurança, há um dilema. Hoje vivemos um momento muito diferente do que na época da ditadura. Põe muito diferente nisso. Quem não quer a polícia dentro do campus são os queimadores de erva. Por outro lado a guarda universitária é tão eficiente na segurança como pneus de madeira em carros esportivos. No caso de alguma emergência o que eles podem fazer é usar um apito e uma bicicleta. E como se permite que qualquer um entre no campus...

Acho que essa é uma das questões mais difíceis de se trabalhar. O que se pode fazer? Barrar todos e permitir que somente alunos, funcionários e professores entrem dentro do campus? Equipar efetivemente a morosa guarda universitária? Permitir que a polícia faça seu trabalho lá dentro?

É necessário pensar nessas questões antes de falar "Não queremos a polícia aqui dentro!", "Abaixo a repressão!". Que repressão? Quem foi preso, investigado ou torturado por subversão nos últimos 10 ou 15 anos lá dentro?

E sobre a ocupação da reitoria, ouvi sugestões um tanto quanto exóticas de alguns amigos. Como expulsar da universidade todos os manisfestantes que não desocuparem o prédio. É uma solução que não usar força bruta, e busca uma solução administrativa tão forte quanto balas de borracha para ferir o brio dos incautos.

Não sei que fim esta novela terá. Sei que a mídia e as lideranças mostrarão só o que dá IBOPE e o que falar. Mas ainda assim arrisco umas previsões:

- em setembro vai ter outra greve, que não passará na mídia, pois tratará apenas de aumento de salaŕio, melhores condições de trabalho...;

- muitas promessas e acordos serão feitos para manterem as coisas exatamente como são (aliás ontem o Serra já mandou uma correção, desobrigando a prestação de contas, logo essa greve termina...);

- o pessoal altamente preocupado com dezenas de questões para a melhoria da universidade ficarão chupando o dedo, e voltarão às aulas com o rabo entre as pernas até segunda ordem do sindicato, o que mostra mais uma vez sua solidez de mingau;

- as outras unidades, com mais porcos capitalistas-facistas-nazistas-istas-istas-istas, como a que eu estudo continuarão a ignorar a greve, e não sofrerão atrasos significativos em seus calendários

- não vou receber boas indicações por que escrevi isto. O melhor que pode me acontecer é ninguém falar nada.

Té+