domingo, abril 29, 2007

Leituras de cabeceira

Nunca ouvi falar em "site de cabeceira". Livro, filme, CD.... mas nunca um site ou artigo.

Bem, abaixo estão os meus "sites de cabeceira", minhas fontes de inspiração, motivação e diversão.

Site do Eric Raymond
Numa Boa
Info Western
Webinsider
Guia do Hardware
Viva o Linux
Slacklife
Tableless
TUX Magazine
Phrack

Se você quer aprender algo sobre computação, comece por estas referências. A quantidade e qualidade das informações satisfazem praticamente qualquer apetite de saber.

Té+

quarta-feira, abril 25, 2007

Um pouco sobre música

Música é um assunto sobre o qual pouco falei nos últimos anos, e a maioria das pessoas que me conhece não deve saber muito a respeito do meu gosto, quanto menos de minhas opiniões sobre música.

Desde novo gostei de metal. Meu primeiro disco (sim, em vinil) foi o Arise, do Sepultura. Mas sendo a música uma forma de arte, leva-se muito tempo para conhecer e formar opinião a respeito.

Depois de conhecer os grandes ícones do rock e do metal, e aprender a tocar violão e guitarra, comecei a apurar e refinar meu gosto. O rock ou o metal já não supriam mais minha vontade de conhecer, e foi nesta época (por volta dos meus 16 e 17 anos) comecei a ouvir jazz, música clássica, guitar heroes (Satriani, Vai, Malmsteen,...), MPB, entre outros ritmos.

Aprendi a separar joio do trigo e vi que a vida de músico sério é realmente difícil (e desisti da carreira). Quem ganha muito dinheiro é quem não faz música; quem não faz arte.

Claro que em todos os ritmos e estilos há músicos mais interessados no dinheiro que vão ganhar do que em fazer arte propriamente dita. Kenny G, Ray Connif, e musiqueiros de verão baiano que o digam.

Para mim os bons são as bandas que criam coisas novas e interessantes; que aliam a técnica ao bom gosto. Aqui se enquadram Black Sabbath, Deep Purple, Hendrix, Djavan, Rage Against The Machine, Pink Floyd, Nirvana, entre outros.

É difícil engolir Evanescense, depois de ouvir Nightwish 5 anos antes. Ou Linking Park depois de R.A.T.M.; também é triste ver a decadência de uma banda como no caso do Charlie Brown Jr, onde nota-se a influência do dinheiro desde as letras até os clipes e produção do álbum.

Não gosto quando uma banda perde sua veia de originalidade. Compare os últimos álbuns do Metallica com os primeiros, e depois faça o mesmo com Ramones ou Black Sabbath. Nota-se que uns perdem seu footprint, enquanto outros conseguem ser criativos e evoluir (amadurecer) dentro de seu próprio estilo.

Sei que sou chato com relação a isso, mas creio que os leitores do meu blog também não ouvem (ou não apreciam) Calipso, RBD e tralhas de cunho estritamente comercial.

Té+.

sábado, abril 21, 2007

F1 - 2007 - Bahrein

Bem, como anteriormente, tardei em publicar sobre a etapa. Mas dessa vez não demorou tanto.

Pela corrida em si... estava de dar sono. Mas algumas coisas chamaram a atenção.

- Lewis Hamilton não veio para brincadeira.

- Massa andou bem. Mas vamos ver se se mantém assim.

- Raikonnen anda se segurando para não escorregar no tomate. Será que enfim criou juízo?

- Alonso estava irreconhecível. Deve ter sido problema de setup do carro.

- A Renault anda sentindo fortemente a falta de um bom piloto, e Kovalainen está se mostrando muito menos promissor do que em seus tempos de GP2 e piloto de treino.

- A Honda continua a saga de problemas.

- A Williams continua colocando seus carros à frente da Toyota.

- Spyker continua a aparecer tanto quanto duendes.

- BMW se firmando como terceira força.

O GP do Bahrein, onde Felipe Massa conquistou sua primeira vitória do ano, foi sonolento. Se não fosse a ultrapassagem de Heildfeld em cima de Alonso no final, nada teria mudado nas 6 primeiras posições, de ponta a ponta. Ninguém quis arriscar muito nesta etapa. Mas ainda tem muita água pra rolar este ano.

Bem, fico por aqui.

Té+

O que ando lendo

Além das man pages do linux, que dei uma organizada ao meu estilo para facilitar a leitura (se isso te interessa veja meu outro blog), manuais técnicos e livros da faculdade, eis o que ando lendo.

Blog Já Viu?!

Blog do Capelli

Webinsider

Carreira Solo

Autosport (em inglês)

Ficam aí algumas das minhas sugestões de leitura.

Té+

Um pouco sobre software livre e o mundo dos hackers

A distorção de idéias e termos, através de artigos e matérias escritas por pessoas relativamente leigas, passa longe de cumprir o papel fundamental do jornalismo, que é o de levar informação às pessoas.

Os maiores prejudicados são o público, que busca informação, e os profissionais sérios que estão na outra ponta.

Começando pelo software livre, que não é uma idéia nova (sim, essa idéia é mais antiga que o Windows, e na verdade, mais antiga que a própria Microsoft). Além do que a idéia em si não se restringe a apenas um único sistema operacional, ou suas variantes, abrangendo todo um novo conceito de valores sociais e modelos de negócio, quanto mais de outros aplicativos e facilidades.

A impresa de massa não divulga este tipo de informação. Por que? Não sei ao certo. Talvez por duvidar da maturidade (capacidade de compreensão, absorção, análise, reflexão, conclusão) de seus leitores. Ou por não se importar com o trabalho sério de profissionais de uma área sobre a qual mantém pouco interesse. Ou mesmo pela imaturidade dos autores... como disse não sei.

Mas falando mais abertamente do software livre, algumas idéias que são vendidas, ou concluídas antecipadamente por falta de informação, e que me incomodam (eis porque escrevo), são a de que este tipo de software é desenvolvido por pessoas despreparadas ou com fins escusos. Não, absolutamente não.

Software livre não é desenvolvido por adolescentes pseudo-revolucionários socialistas, cheios de espinha, que passam o dia inteiro na frente do computador tentando invadir o computador de algum usuário, ou menina para roubar-lhe seus segredos. Software livre, tem sim seu lado comercial, e é desenvolvido por pessoas comprometidas com o que fazem, e são pagos para isso, ou para dar suporte e treinamento.

Abrir o código-fonte, tem implicações. Grandes empresas se escondem atrás dos diretitos autorais, copyright, propriedade intelectual, para vender um produto de forma não-transparente. Certo, a maioria dos consumidores realmente não tem a mínima necessidade de conhecê-lo, basta que o produto funcione. Mas abrir o código-fonte, é como convidar o cliente a conhecer a cozinha de um restaurante, ou ver um motor desmontado. É trabalhar com transparência.

Normalmente não me interesso em ver a cozinha de um restaurante, mas se o maître e o gerente me impedem de todas as formas possíveis de ver a cozinha, isso pra mim é, no mínimo, motivo de desconfiança. E para você?

Eis a segurança em se usar software livre: a transparência no negócio.

Outro ponto a ser observado é que software livre não é software pirata, nem plágio mal-feito. Quem faz tal afirmação nunca usou a suíte de escritório OpenOffice.org ou mesmo o navegador Mozilla Firefox. Se esse era seu ponto de vista, experimente os softwares citados e depois diga o que acha.

Agora de um ângulo mais técnico, o software livre apresenta-se como uma evolução no conceito de desenvolvimento. Através da possibilidade de acesso e modificação do código-fonte, grupos, empresas, especialistas e consultores, tem mais saídas do que becos. Sim, se alguém tem uma necessidade especial, pode-se adicionar/alterar a funcionalidade, sem a necessidade de adquirir outro software que o faça, ou pior adaptar o seu negócio segundo a restrição imposta pelo software de código fechado.

Pode não ser tão simples (e geralmente não é mesmo) alterar um software. Mas em muitos casos é mais viável contratar um programador/consultor/grupo que faça a alteração necessária. E como dito acima, às vezes essa é a única solução/oportunidade de não ficar restrito pelas limitações do programa, impactando diretamente os negócios.

Mas mesmo nesta situação, o software livre se apresenta como a melhor solução. Vamos supor que você estivesse usando um software e devido a alguma mudança estratégica nos processos da empresa, você necessitasse de que seu software tivesse duas ou três funcionalidades a mais, para uma total compatibilidade com seus novos processos.

Ou você teria que adquirir um novo software, provavelmente mais caro, devido às funcionalidades extra, ou em caso do software não existir você ficaria entre duas opções: contratar alguma empresa de programadores que criasse desde o zero o software para você (o que poderia ser muito custoso e demorado), ou não fazer nada e voltar à estratégia antiga, visto que nova ficaria impossibilidade de ser posta em ação.

No caso do código-fonte aberto, o trabalho de adaptação é muito mais rápido. Os programadores não partiriam do zero, não reinventariam a roda. Com menos trabalho, menos recursos, e menos dor de cabeça.

Agora mudando de assunto, vamos falar sobre os hackers. A mídia (ainda) usa erroneamente este termo para designar pessoas sem escrúpulo, que se valem de meio eletrônicos para conseguir acesso a informações sigilosas, ou os quais rompem códigos de validação para a pirataria. Não vou me estender sobre as várias terminologias e variações existentes. O termo mais apropriado para o tipo de usuário referenciado pela mídia seria cracker.

Os crackers são os responsáveis pela má fama dos hackers. Hackers de verdade não destroem, e sim constroem. Hackers são pessoas com amplos conhecimentos, inteligência acima da média, e que procuram problemas diversos para solucionar. Seja criando algo novo e útil, encontrando e corrigindo alguma falha (de funcionamento ou segurança), os hackers contribuem para você e eu dispormos de mais facilidades, comodidades, velocidade e segurança.

Essa discussão poderia ir muito mais longe, passando desde citações de textos e sites, princípios de filosofia, indo de Locke a Engels, e expondo pontos de vista como o de o cracker ser um agente do bem, tornando o acesso a pessoas de renda menor a programas aos quais nunca poderiam ter acesso normalmente, sendo assim, uma espécie de Robin Hood moderno - o que não é verdade.

Mas vou ficando por aqui. Talvez numa outra ocasião eu exponha mais a respeito deste assunto. Gostou? Comente. Não gostou? Comente também. Achou "lhufas"? Tá bom, diga sobre o que quer que eu escreva - através de um comentário.

Té+

segunda-feira, abril 09, 2007

Fórmula 1 - 2007

Hoje é que me dei conta, já se passaram duas etapas de fórmula 1 e eu ainda não escrevi nada a respeito.

A temporada começou bem. Em Melbourne, Massa fez bonito, largou em último devido a um problema no carro durante a classificação e chegou na zona de pontuação. Raikonnen fez uma corrida tranquila, apesar de um erro durante às últimas voltas quse colocar tudo a perder. Conterrâneo do Kimi, o Heikki Kovalainen, estreou mal; muito mal e Briatore encontrou um rabo onde empurrar sua frustração.

As BMW's andaram bem, mostrando que o carro se comporta como de gente grande quando não quebra (coitado do Kubica). No geral as matrizes estão mal e as filiais surpreendendo. Super Aguri andando na frente da Honda, Williams andando na frente da Toyota. Parafraseando o Capelli: o poste tá mijando no cachorro.

Aliás, falar que a Honda está mal chega a ser eufemismo. A equipe de Button e Barrichelo está péssima, se comparado à temporada passada onde se firmou como a 4ª força.

A McLaren deu uma renascida e tanto depois de uma temporada conturbada e de resultados tímidos. Trocou os dois pilotos numa tacada só e parece que até os ânimos mudaram por lá. Contando com o bicampeão Fernando Alonso e o estreante Lewis Hamilton, a equipe britânica conseguiu levar seus dois pilotos ao pódio, logo na primeira corrida.

Alonso não é bicampeão mundial à toa, mas Hamilton surpreendeu. Andou forte, deu um calor no asturiano, e mostrou que todo o investimento pessoal de Ron Dennis nele valeu a pena.

O pior acidente em Melbourne, ficou por conta do David "Vaca-Brava" Coulthard, que literalmente atropelou a Williams de Alexander Wurz com seu Red Bull. Coisa feia para o piloto que está a mais tempo na Fórmula 1; e isso também mostra um dos porquês do dito cujo nunca ter sido campeão.

Já em Sepang, na Malásia, segunda etapa do calendário, parece que a McLaren trabalhou bem o carro, e tirou a diferença que houve na primeira etapa. E isso ficou muito nítido na super pole.

Fazia tempo em que eu não via uma classificação tão apertada, decidida na última volta de cada um dos 4 primeiros pilotos. Alonso, Raikonnen e Massa se alternaram na liderança nas últimas voltas. Massa fez a pole position, seguido de Alonso, Raikonnen e Hamilton.

Mas na hora do vamos ver na corrida a história foi outra. Massa largou mal e perdeu a liderança para Alonso logo na primeira curva. Pior, ainda depois perdeu a segunda posição para Hamilton que estava emparelhado com ele desde a saída da segunda curva.

Nesta corrida Hamilton mostrou que chegou à F-1 sem precisar aprender nada. Serviu de escudeiro para Alonso, que abria entre 0,5 a 1,0 segundo por volta. E do meio da corrida em diante apenas administrou a vantagem.

Massa que desesperadamente tentava ultrapassar Hamilton se afobou. Depois de ter tomado um "X" lá pela 4ª volta, saiu da pista na 6ª volta, e perdeu 2 posições, ficando atrás de Heidfeld. Valeu pelo pega que há muito não se via na F-1. Mas pelo menos ele foi homem o suficiente para assumir seus erros no final da corrida.

Depois disso a corrida foi morna que só. Raikonnen não arriscou absolutamente nada. Apenas administrou a corrida e chegou em 3º. Alonso, com toda a vantagem que construiu até a primeira parada, só administrou daí pra frente.

Algumas posições mais atrás foi onde rolou alguma diversão. Wurz fez uma corrida e tanto, inclusive ultrapassando o Coulthard na mesma curva onde Massa errou, demonstrando assim que há mais lugares na pista para ultrapassagens do que por passando por cima.

Por falar em Williams, Rosberg também fez bonito com o que tinha. Até o momento em que quebrou.

Barrichelo também tirou leite de pedra de sua Honda. Largou dos boxes e chegou em 11º, à frente de Button e das Aguris. Mesmo assim a situação continua feia para a Honda que até agora não marcou nenhum ponto.

A Renault continua mandando mal, mas pelo menos dessa vez o Kovalainen não deu tantos motivos para o Briatore sentar-lhe o sarrafo. Novamente tivemos a inversão entre a Williams e a Toyota.

Kubica sofreu com a confiabilidade de sua BMW, mas usou do seu direito de errar. Heidfeld nem sofreu com confiabilidade, e também não errou, ficou em 4º, na frente de Massa, e administrou sua posição a corrida inteira.

Dizem que há uma equipe chamada Spyker. Até agora só vi sinais de fumaça dando indícios de tal existência.

No saldo final, nenhum acidente feio durante a corrida, Raikonnen mostrou que está mais maduro, e Ron Dennis estava feliz como há muito tempo não se via. Pudera, depois de ter esmerilhado a diferença entre Ferrari e McLaren e ver seus dois pilotos fazendo uma dobradinha memorável, não é para menos.

Enfim, ainda é começo do campeonato e ainda tem muita coisa pra rolar. Mas por esse começo está prometendo ser um bom campeonato.

Tem gente que não aprende...

Após o fiasco em rede nacional (americana) durante a apresentação do Windows 98, Bill Gates nunca mais deu sua própria cara a tapa, mas os maus hábitos do sistema operacional continuam a aparecer nas apresentações públicas. Mesmo se você não entende inglês, dá para perceber quando o erro acontece durante a apresentação dos novos recursos do Windows Vista. O pior era a platéia: altos investidores de Wall Street.

Seguem abaixo os dois vídeos, o do fiasco de Bill Gates ao apresentar o Windows 98 e o do Windows Vista.



segunda-feira, abril 02, 2007

Hacker X Cracker

Recentemente eu estava conversando com amigo meu e tentava explicar a diferença entre os termos. Para quem é da área sabe que a diferença é gritante e abrange desde a forma de pensar até as técnicas usadas.

Uma das coisas que irritam quem leva computação a sério é o uso errôneo do termo hacker por parte da mídia. Não entrarei nas minúcias da discussão da origem do termo, mas darei uma idéia, espero que nítida, do que o termo significa.

Um hacker é uma pessoa com muito conhecimento técnico, habilidade e inteligência. Além disso, verdadeiros hackers não são vilões. Boa índole também é um requisito. Construir, desenvolver, aplicar bem os conhecimentos são práticas hacker.

Os crackers são os responsáveis pela má fama dos hackers. São pessoas que têm ou não conhecimento técnico avançado, porém usam o que têm para benefício próprio. São os responsáveis por invasões de sistemas, pirataria, e uso indevido de propriedade alheia.

Então hacker não invade nenhum sistema? Um hacker tem conhecimento sim para invadir um sistema. A diferença está na postura depois da invasão. Um hacker normalmente não rouba dados, ou danifica o sistema. Reza a lenda que alguns até mesmo corrigem pequenos defeitos e brechas encontradas (tá, eu também sou cético quanto a esse lance da correção).

Bem, este texto era só pra esclarecer os termos mesmo. Tá mais pra satisfação pessoal do que outra coisa.

domingo, abril 01, 2007

Sustentabilidade - onde entra a questão energética?

Nesta sexta-feira (dia 31/03/2007) apresentei um seminário sobre conservação de energia no setor de transportes. Eu tinha que fazer uma resenha, baseada nesse trabalho aqui, feito na UFRJ. Também cabia uma complementação do grupo, e, durante as pesquisas na internet encontrei informações que passam geralmente desapercebida.

Um ponto importante é que o termo sustentabilidade, muito utilizado no momento, também traz implícito o uso racional da energia. Geralmente os temas ligados a esse termo são de cunho ambiental, e a maioria dos artigos veiculados na mídia tem um tom passional ou alarmista regando os fatos.

Assim, tão importante quanto desenvolver tecnologias "limpas" e renováveis, é também o uso racional dos recursos que nós temos disponíveis.

Um dos pontos que foi trabalhado neste seminário foi o da eficiência energética dos motores dos automóveis. Pesquisando aqui, e em vários lugares, descobri
que o dito vilão entre os combustíveis, o diesel, é o que apresenta os motores com a tecnologia que melhor aproveita a energia gerada na sua combustão. E isso vai mais além, um estudo dirigido feito pela SAE conclui que é mais viável desenvolver tecnologias que reduzam a emissão de poluentes (biodiesel, filtros, etc...) para o diesel do que desenvolver tecnologias que aproveitem melhor a combustão do GNV.

Tá certo que o GNV polui absurdamente menos, e é o combustível que apresenta o menor custo por km rodado, ou ainda por watt gerado no caso das termoelétricas. No entanto, do ponto de vista energético ele ainda tem um longo caminho a trilhar rumo à uma tecnologia de eficiência satisfatória.

Uma outra coisa onde andei dando uma olhada foi nos carros híbridos. Apesar de consumirem bem menos combustível, a eficiência para aproveitar a energia gerada praticamente em nada difere dos carros comuns à combustão. Além disso são absurdamente mais caros.

O pulo-do-gato na área da tecnologia automobilística parecem ser os dispositivos destinados a reaproveitar a energia que era perdida nas freadas. O sistema elétrico ainda é muito caro, além de aumentar consideravelmente o peso do carro, que força com que os fabricantes usem materiais mais leves e fortes para fazer outras partes do carro, e geralmente esses materiais são também mais caros; o que encarece pra burro o projeto final.

Mas a Ford divulgou uma pesquisa de um dispositivo que armazena essa energia perdida nas frenagens na forma de ar comprimido. Ao todo o carro precisa de apenas mais 30 kg para ter esse sistema; e espero que em breve esta tecnologia esteja nas ruas, pelo menos a previsão deles era essa. Leia mais aqui.


A francesa Peugeot também lançou agora em fevereiro um híbrido diesel-elétrico, de alto rendimento energético. Leia mais aqui.

Se quiser saber sobre o funcionamento dos carros híbridos (e de mais um monte de coisas), recomendo entrar aqui.

Enfim, dependendo da ótica e da dimensão da análise, é claro muitas soluções diferentes aparecem. Para o transporte de cargas e pessoas a longa distância ainda valem o transporte ferroviário e o hidroviário, que são os mais eficientes. Para cidades pequenas e planas, ou para projetos intra-bairro, valem o incentivo à caminhada e ao ciclismo. Para as grandes cidades, transporte público (dependendo da dimensão sobre trilhos, ou corredores de ônibus). Até mesmo o uso da tecnologia da informação para se evitar o transporte é válido, como por exemplo o uso da internet, dos celulares, dos rádios móveis, de PDA's, etc...

O importante é que se use os recursos da forma mais inteligente, racional. E isso tem vários impactos, não só ambientais, mas desde qualidade de vida até uma forte influência sobre a competitividade de um país. Você pode ligar isso a vários indicadores como o IDH, o PIB, a renda per capta, a posição de competitividade no Fórum Econômico Mundial, risco país, etc...

É, acho que deu para propagar a idéia.

Té+