Novidades 2007
Em janeiro agora fiz minha primeira viagem internacional. Tá certo que não foi tãooo internacional assim - fui para o Uruguai - mas saí do território nacional.
É bom ir para lugares distantes, aprender novas culturas, costumes, línguas, e principalmente poder se afastar de onde estamos para olhar com outra ótica o meio onde estamos inseridos.
A viagem foi legal. Ficamos em Montevideo, num bairro vizinho ao bairro de Peñarol - sabe o Peñarol que de vez em quando joga na Libertadores da América? esse mesmo.
Fomos a la playa e hicemos churrasco! Oba! Fomos a Punta del Este e filmei uma porrada de carrões, yates, mansões e hotéis-cassino (só não vi o parasita do Amaury Júnior no Conrad).
Enfim, foi uma viagem de férias típica. Mas entre uma ciesta e outra parei para ver e refletir sobre as diferenças e similaridades entre o Brasil, o Uruguai e as américas.
A situação deles é triste. Pelo fato de ser um país pequeno e pouco habitado [tem o tamanho aproximado do Rio Grande do Sul e apenas 3 milhões de habitantes - contra os 20 milhões só da Grande São Paulo] a economia deles é muito fraca. Não houve industrialização e os produtos tipicamente produzidos lá são doce de leite, queijo e cereais.
O que abastece os país são termo-elétricas e o petróleo todo é importado. Assim como os carros (sucata do Japão, EUA, e uns populares brasileiros).
Deu para sacar que a América do Sul é quase igual em todo canto. Tanto na política quanto na economia, nas bugingangas xingue-lingue dos Trigres Asiáticos e na relação com os EUA e Europa.
Estranhei entrar num mercado e me sentir em casa. Uns 70% dos produtos eram made in Brazil, uns 25% made in Argentina, e os outros 5% entre produtos locais e importados do fim do mundo.
E o mais engraçado é que eles vêm o Brasil como os nordestinos: é só Rio de Janeiro, São Paulo e o Lula. Além de ver aqui uma ótima oportunidade de crescer na vida.
O que me chamou a atenção pelo lado positivo foi a educação. As universidades públicas lá são muito mais acessíveis do que aqui. O que falta na verdade é lugar para todos os formandos trabalhar e ganhar o justo.
E não posso terminar sem antes falar da gastronomia. Lá, nada de cerveja, nem de café, é mate o que há (também conhecido como chimarrão no RS). E nada de feijão, o negócio é só salada e carne; de vez em quando um arroz. Além de muita pizza (que é muito diferente da comida aqui em São Paulo - ela é quadrada e não tem cobertura, nem borda recheada, é só um molho de tomate com cebola por cima) e faina (uma massa à base de farinha de grão-de-bico, frita). Na sobremesa, alfajor é o top.
Eu tava simplesmente ficando doido lá. Quando liguei para casa avisando que estava saindo da rodoviária, pedi veenmentemente que minha mãe fizesse um feijão com carne e um café bem forte. Imagine para um heavy-weight-food-eater, programador, fumante e viciado em café como foi ficar um mês de privação. Ah, lá um maço de cigarro custa o equivalente a R$ 4,00 (e aqui eu pago R$ 0,70).
E antes de me perguntarem se eu não me senti melhor fumando menos e passeando mais, a resposta é NÃO. Se a dieta ajudasse, talvez. Mas sem café, sem feijão, sem toucinho, sem quase nada do que estou acostumado...ficou complicado se sentir bem.
Depois vejam: http://www.legalizecomlinux.com e http://blog.legalizecomlinux.com
té+ moçada
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